Seja Bem vindo

" Histórias que ouvimos de um amigo que ouviu de outra pessoa, lemos em um livro, apareceu num programa de tv, enfim, não sabemos exatamente onde começou, somente que aconteceu. Essas são as
LENDAS URBANAS. Contos ou fatos; não se sabe, só que crescem cada vez mais e se tornam imortais, ganhando ou perdendo detalhes ao longo do tempo e dos lugares.Toda Lenda trás nas entrelinhas uma alerta ou uma lição de moral, são uma espécie de aviso, e ao ler lembre-se, nós nunca estamos sozinhos"

EEnredo

O conteúdo das estórias por vezes se originaram em histórias reais, ou então são apenas contos inventados por mentes criativas e que se espalharam por seu próprio mérito do potencial de inventividade. Eles tocam em pontos polêmicos ou sensacionalistas, ou ainda que apresentem algum perigo ao qual todos estariams sujeitos, porém não conscientes, tendo a lenda urbana então um carater preventivo onde pode-se identificar a “moral da estória” / “moral da história” conforme o caso. O que impressiona é a hiper-generalização de um fato isolado (no caso das histórias) e a facilidade de se introjetar um conto como algo real no caso nos contos, e ainda capacidade de modificar o comportamento dos indivíduos que as escutam, nos dois casos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O degolado

Conta a lenda que um homem muito bruto gostava de perseguir viajantes que invadiam suas terras. Muitos homens foram mordidos pelos seus cães, ou perseguidos por ele e seus lacaios armados até os dentes, enquanto estes riam e debochavam da cara de medo dos coitados.
Um dia um jovem entrou no território do fazendeiroq ue logo soube da situação pela boca de um de seus trabalhadores e foi a cavalo à caça do rapaz.
Os cães logo encontraram o jovem, que descansava embaixo de uma árvore frondosa próximo a uma cerca de arame farpado que separava a estrada de barro que levava até a cidade. O homem chamou a atenção do rapaz e disse que ele iria pagar o preço por ter invadido sua propriedade, soltando os cães sobre o jovem que gritava enquanto tentava escapar dos ferozes animais. O homem observava alegre ao jovem sendo dilacerado pelos cães.
Nos últimos momentos ele chamou os cães e foi escarnecer o moço que se encontrava caído e empoçado em seu próprio sangue. Ao perder as forças o morimbundo rogou uma maldição sobre o homem, dizendo que ele pagaria pelo resto da eternidade o que havia feito com ele e com os outros viajantes. Logo após ele morreu e foi deixado lá para apodrecer pelo maldoso homem que saiu dali perseguido por um medo incessante.
Meses depois, o homem foi caçar outro viajante, mas desta vez ele não voltou. Os seus empregados encontraram seu corpo pendurado pelo pescoço na mesma árvore em que havia matado o peregrino da última vez. Nenhum de seus cães foram avistados nunca mais. E ninguém teve coragem de retirá-lo dali, pois seus olhos estavam arregalados e cheios de sangue, o que os fazia ficar vermelhos. Deixaram o corpo para a polícia retirar e averiguar.
Apenas no outro dia a polícia chegou ao local. Mas o corpo do homem agora estava no chão e sem a cabeça. Ninguém jamais soube explicar quem havia feito aquilo, pois ninguém teria coragem de ir até aquelas brenhas na escuridão da noite. A cabeça do homem foi encontrada dias depois boiando na enorme lagoa que dá nome à cidade.
Hoje as pessoas têm medo de passar naquele trecho da estrada, que agora é de asfalto, mas ainda passa ao lado da árvore citada na história. Vários relatos afirmam ter visto um homem pendurado na antiga árvore, ou um homem todo ensanguentado sentado à beira da estrada, ou ainda latidos fortes nas noites mais frias.

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