O conteúdo das estórias por vezes se originaram em histórias reais, ou então são apenas contos inventados por mentes criativas e que se espalharam por seu próprio mérito do potencial de inventividade. Eles tocam em pontos polêmicos ou sensacionalistas, ou ainda que apresentem algum perigo ao qual todos estariams sujeitos, porém não conscientes, tendo a lenda urbana então um carater preventivo onde pode-se identificar a “moral da estória” / “moral da história” conforme o caso. O que impressiona é a hiper-generalização de um fato isolado (no caso das histórias) e a facilidade de se introjetar um conto como algo real no caso nos contos, e ainda capacidade de modificar o comportamento dos indivíduos que as escutam, nos dois casos.
Seja Bem vindo
" Histórias que ouvimos de um amigo que ouviu de outra pessoa, lemos em um livro, apareceu num programa de tv, enfim, não sabemos exatamente onde começou, somente que aconteceu. Essas são as LENDAS URBANAS. Contos ou fatos; não se sabe, só que crescem cada vez mais e se tornam imortais, ganhando ou perdendo detalhes ao longo do tempo e dos lugares.Toda Lenda trás nas entrelinhas uma alerta ou uma lição de moral, são uma espécie de aviso, e ao ler lembre-se, nós nunca estamos sozinhos"
EEnredo
sábado, 19 de maio de 2012
Sopa de pedra
SEU VIGÁRIO E A SOPA DE PEDRA
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Contam que havia nos cafundós do sertão nordestino – em tempos que já se foram – um vigário que costumava percorrer a caatinga, montado num jumento ferrado e guarda-sol aberto, a fim de levar a palavra de Deus aos mais distantes fiéis.
Certa vez, já anoitecia, quando seu vigário, sem abrigo e alimento, conseguiu chegar a uma casa. Sem mais demora, pediu que lhe dessem algo para comer. Entretanto, o pedido do padre andarilho, foi, prontamente, negado. Sem perder a calma e de maneira cortês, pediu, então, apenas um pouco d'água para fazer uma sopa de pedra.
Curiosos, os moradores deixaram-no entrar e deram-lhe uma panela de água, na qual, o padre colocou uma pequena pedra lavada e levou a panela ao fogo.
— Isso com um bocadinho de sal seria um ótimo consolo – disse o vigário.
E deram-lhe o sal.
— Ora, bem que uns feijões aqui e ali viriam a calhar – teimava o padre.
E deram-lhe uns feijões.
— Para ter mais sabor, um pedacinho de toucinho, seria o ideal.
E deram-lhe o toucinho.
Assim, ele acrescentou ainda um fio de azeite, umas couves da horta, batata, alho e cebola, até que a sopa ficou um primor e foi consumida até a última gota.
Terminada a janta, seu vigário, muito do bonachão, retirou a pedra da panela, lavou-a, e guardou novamente na sua algibeira, para outras sopas de pedra. Tocou no crucifixo que trazia no peito e disse aos moradores:
— Inté logo, meus filhos! Deus os abençoe!
E foi procurar abrigo noutra casa.
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